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Tomar uma decisão: muito mais que uma escolha.

Àqueles que me conhecem devem saber mas, para os que não conhecem, adoro estudar sobre assuntos relacionados ao conhecimento, psicologia e comportamento humano. Com isso, na última semana, tomei a decisão de retornar a produção de conteúdo para meus perfis e, com isso, nada melhor que iniciar essa produção falando exatamente sobre esse tema: a DECISÃO.

O que vem a sua mente quando falamos nele? Talvez uma grande decisão que você já tomou na sua vida? Nesse momento começamos a refletir e perceber o quão presentes elas são no nosso dia a dia. Desde um simples piscar de olhos, um apertar o botão “soneca” quando o despertador toca, até aquelas decisões que podem mudar completamente sua vida.

Será que as decisões pequenas do dia a dia se comparam àquelas que tem uma carga enorme? Eu diria que sim, se comparam. Todas elas são processadas pelo seu cérebro e passam por um juízo de valor, a diferença está naquela palavra da pergunta que fiz: a “carga” das decisões. A verdade é que todas as decisões provocam mudanças em nossa vida, sejam elas pequenas – como perder o horário por ter apertado demais o botão “soneca” – ou enormes – como escolher a pessoa com quem você se casará, constituirá uma família e estará por perto até o fim da vida.

COMO TOMAMOS UMA DECISÃO

Em um mundo complexo cheio de problemas para resolver e sem todos os recursos para que isso aconteça, precisamos encontrar uma forma de resolver questões difíceis de uma maneira mais simples. Partindo do cenário em questão, podemos concluir que boa parte desses problemas podem ser minimizados se nós, seres-humanos, aprendermos a tomar boas decisões.

Falando nisso, tomar boas decisões é essencial em qualquer momento da vida, sejam elas pessoais ou profissionais, até porque elas têm impacto direto na sua forma de pensar e agir (elas te constroem como ser-humano). Por isso, ao analisar o processo decisório, podemos identificar três fases: a preparação, a tomada de decisão e a execução.

O momento da preparação é aquele em que você analisa a situação em questão e precisa encontrar uma solução para ela, assim, você analisa as variáveis e chega a uma conclusão. A tomada de decisão é o momento mais rápido, no qual você precisa seguir aquilo que planejou e levar a decisão até o final. Finalmente a execução, que é onde você coloca o que decidiu em prática e garante que tudo esteja de acordo com o que você planejou e, normalmente quando não está de acordo, aí que vem a sua gestão de crise para identificar as falhas e consertá-las.

A grande questão que atrapalha o processo decisório está, literalmente, na nossa mente e coração. Nossos valores e emoções podem afetar todo o processo, por isso é essencial ponderá-los e definir um limite para que não nos atrapalhe. Para deixar isso mais claro, esse limite garante que tomemos uma decisão autêntica e não passemos por cima de nossos valores pessoais. O que aprendemos com isso é que, normalmente, o coração (as emoções) nos deixa levemente incapazes de analisar as situações racionalmente e, consequentemente, incapazes de tomar decisões que realmente nos levem em direção a nossos objetivos.

COMO TOMAMOS UMA DECISÃO

Como dito acima, as mudanças têm suas cargas portanto, para chegar à um veredito, precisamos levar em consideração duas variáveis chaves:

1. CARGA:
Qual a carga da decisão que você precisa tomar? São triviais ou de grandes proporções? Entendendo o potencial de mudança que essa decisão agregará na sua vida, você consegue ter uma visão mais nítida do seu futuro e os principais impactos que ela pode gerar. Acredito que você não queira viver no lifestyle “deixa a vida me levar, vida leva eu”, decidir tudo por impulso e deixar para descobrir na hora H não é uma boa saída, eu garanto.

2. URGÊNCIA:
Como você vai pensar na situação: rápido ou devagar? Quem definirá isso é a urgência com a qual você precisa tomar aquela decisão.

Com isso, lhe apresento a “Matriz da Decisão: Carga x Urgência” que eu criei:

Matriz da Decisão: Carga X Urgência.

Identificando nela onde está o seu contexto decisivo (àquilo que você precisa solucionar) você alcançará um nível maior de clareza de como chegar a uma decisão.

A SUA PRÓXIMA DECISÃO

Com certeza a próxima decisão será em breve, mas tem algumas coisas que você precisa saber:

– Para a tomada de decisão estratégica: analise as ameaças e as oportunidades que a envolvem e não se esqueça de identificar as possíveis resultantes da sua decisão.

– Tenha caráter e coragem: respeite seus parâmetros (seus valores e crenças) e tenha coragem para agir de acordo com eles. São esses parâmetros que te definem e garantem autenticidade em tudo o que você faz.

– Não confunda as emoções impulsivas com o seu caráter, tenha inteligência emocional para ser racional ao decidir e respeitar seus valores.

– O sucesso e o resultado que conquistamos em nossa vida é a soma de todas as decisões que tomamos até hoje.

“Quando você vê um negócio bem-sucedido é porque alguém, algum dia, tomou uma decisão corajosa. — Peter Drucker”

Referências:

SAATY, T. L. Decision making for leaders. United States of America: 3a, 2016.

TICHY, N.; BENNIS, W. Decisão! : como líderes vencedores fazem escolhas certeiras. Tradução: Ayresnede Casarin Da Rocha. Porto Alegre: Bookman, 2009.

CARVALHO, F. Gestão do Conhecimento. 1a. ed. São Paulo: Pearson, 2012.

KAHNEMAN, D. Rápido e Devagar: duas formas de pensar. Tradução: Cássio de Arantes Leite. 1a. ed. Rio de Janeiro: Objetiva, 2012.